Sobre Alois

Alois Hunka Nasceu em Natal, em 1965, aos 10 anos mudou-se para o Recife iniciando seus estudos de pintura. Aos 22 anos iniciou sua carreira profissional pintando casarios e paisagens em óleo sobre tela.

Já amadurecido, enveredou pelo abstrato produzindo trabalhos leves, limpos e com forte tendência ao monocromático. Mesmo quando utilizava cores, o fazia com moderação.

No final de 1989, já produzindo telas com forte conteúdo, montou uma exposição permanente em um escritório de arquitetura e ali permaneceu durante anos, onde teve a oportunidade de se relacionar com vários profissionais do meio e interagir com as mais diferentes formas de arte.

Incansável, jamais abandonou a pesquisa. Sempre buscando novos materiais e desenvolvendo novas técnicas, visando um trabalho equilibrado e forte o suficiente para deixar sua marca.

Apesar das texturas e traços fortes, seu objetivo é proporcionar paz e tranquilidade não só para si, como também para o público que observa.

Embora seus trabalhos sejam predominantemente abstratos seu gosto pelo figurativo o faz um permanente estudioso na arte de desenhar e fazer esculturas. Eclético, utiliza os mais diversos materiais tais como argila, madeira e pedra. Admirador profundo das formas femininas, plasticamente perfeitas e belas, com prazer as inclui em seus estudos.

Suas pinturas sofreram influencia de grandes artistas como Burle Marx, Picasso, Kandisnky e Miró. Suas criações muitas vezes límpidas e outras vezes, um emaranhado de formas parecem causar confusão, porém são partes de sua alma eclética muito bem definidas nas suas diferentes fases.

Alois Hunka, Oslawansky, Paz... três assinaturas. Mesmo artista.

A exemplo de tantos artistas que criaram pseudônimos, Alois Hunka também abriu espaço para outras versões de si.

Além da sua assinatura homônima, que deu espaço aos geométricos, terrosos, monocromáticos e aos traços inconfundíveis de violões, existem ainda duas assinaturas que trazem traços, cores e técnicas específicas para cada uma.

Quando assina como Oslawansky, um de seus sobrenomes de batismo, assume uma persona experimental. “Essa persona me deixa livre, pois não tem uma linha definida. Sua linha é a experimentação”, explica. Sob essa assinatura, transita com naturalidade entre o monocromático e o colorido, o grafite e a cultura pop. É o espaço onde sua alma eclética respira sem limites e onde tudo pode acontecer.

Já a assinatura Paz surge em outra camada do seu trabalho. Ela representa um gesto direto e sensível, usado para assinar obras de caráter mais afetivo, reflexivo ou espiritual. Paz é menos uma persona e mais um estado de intenção. Traços e cores que respiram contemporaneidade e memórias afetivas, como aquelas dos lugares onde o artista viveu e pôde expressar na série Tubarões de Boa Viagem.

Três nomes, três formas de habitar a arte. Mas, em todos, um mesmo olhar inquieto e autêntico. Incansável.