Alois Hunka | Oslawansky | Artista Plástico
Alois Hunka se desenvolveu profissionalmente em Recife (PE). Atualmente, vivendo em São Paulo, trouxe mais contemporaneidade ao seu trabalho. Apaixonado por quadros grandes, suas pinturas sofreram influência de grandes artistas como Burle Marx, Picasso, Kandisnky e Miró. Suas criações muitas vezes límpidas e outras, um emaranhado de formas que parecem causar confusão, porém são partes de sua alma eclética, muito bem definidas nas suas diferentes fases.
O abstracionismo geométrico é fortemente influenciado pelo cubismo, foca na racionalização e tem um rigor matemático. Necessita de disciplina e método. Esta fase compreendeu os anos de 1998 a 2000.
De forma oposta ao trabalho geométrico, muito colorido e disciplinado, o artista trabalha uma pintura mais solta e monocromática.
Os tons terrosos, são fruto da fase de descobertas, onde Alois Hunka começava a se envolver com esculturas em argila e pedra calcária.
As cores telúricas aparecem, muitas vezes, com nuances metálicas, trazendo um ar de modernidade ao trabalho.
Estes trabalhos surgiram de forma a quebrar a disciplina matemática dos geométricos, que eram executados, na maioria das vezes, simultaneamente.
A pedra calcária é encontrada, predominantemente, em ambientes marinhos.
Rica em minerais tem diferentes utilidades, que podem variar de acordo com a sua composição, desde a construção civil até mesmo alimentação animal.
Por ser uma rocha “mole” é muito utilizada para esculturas e é muito fácil encontrá-la em boa parte do nordeste brasileiro, muitas vezes na forma de anjos barrocos.
Como aconteceu com a sua pintura, o trabalho como escultor evoluiu para a escultura abstrata. Com mais sofisticação, leveza e contemporaneidade, suas esculturas passaram a ter um sentido a mais, o TATO.
As peças, antes rústicas, agora tem um toque sutil, causando curiosidade e convidando ao toque.
Sempre experimentando, Alois Hunka, que no início da sua carreira chegou a esculpir em madeiras, se encantou pela versatilidade da pedra calcária.
Assim começou a esculpir máscaras de uma forma bastante espontânea, neste momento o artista usava apenas um canivete como ferramenta.
Adepto da cromoterapia, Alois Hunka introduziu as cores nos seu monocromáticos, principalmente o AZUL (calmante), AMARELO (alegria) e o VERDE (repousante).
Unindo a disciplina dos geométricos, a cromoterapia e a liberdade dos abstratos, Alois Hunka entrou em uma outra fase que compreendeu os anos de 2009 e 2010. Neste trabalho o artista utilizou cores vibrantes e poucos elementos.
Influenciado pela obra de Burlemarx e em homenagem ao seu centenário, em paralelo ele criou uma série inspirada neste grande artista.
Sempre buscando novas inspirações, em 2011 as cores continuaram presentes na sua obra, porém desta vez de forma a realçar um trabalho mais ritmado, e este ritmo veio, principalmente, na forma de violões. Um trabalho cheio de personalidade e com características cada vez mais contemporâneas.